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Netflix aposta que "O Mecanismo" pode se tornar a série original mais vista no Brasil



A repercussão intensa da primeira temporada de “O Mecanismo” já anunciava uma aposta da própria Netflix: a série pode se tornar a produção original do streaming mais assistida do Brasil. Ao menos é o que a empresa anunciou para seus investidores em relatório oficial.

"O Mecanismo": sucesso na Netflix

Com direção de José Padilha, que já trabalhou com a Netflix em “Narcos”, e protagonismo de Selton Mello, a série livremente inspirada na Operação Lava-Jato foi um dos grandes investimentos do streaming em produtos brasileiros – movimento que começou com a produção “3%”, já com segunda temporada a caminho.


“Nossos investimentos internacionais continuam aumentando com produções em língua não-inglesa como ‘O Mecanismo’. Inspirada em fatos reais, essa série caminha para se tornar uma de nossas Originais mais vistas no Brasil”, diz o texto oficial da Netflix.

“La Casa de Papel”

Além disso, o documento relata também que “La Casa de Papel” se tornou a série de língua não-inglesa mais assistida em toda a história da Netflix. Produzida originalmente pela rede espanhola Antena3, “La Casa” foi adquirida pela Netflix em 2017, reeditada e disponibilizada em duas partes no serviço.

O relatório, que divulga os resultados da empresa no primeiro trimestre de 2018, afirma que a Netflix ganhou 7,4 milhões de novos assinantes, superando as próprias previsões. Além disso, entre eles, mais de 5 milhões vêm de fora dos Estados Unidos.

Um comentário:

  1. Eu acho que é uma série muito neutra! O mecanismo, deve dividir opiniões. O motivo é que, nos dias de hoje, tudo no Brasil que se relaciona a política tende a polarizar e a produção retrata os desdobramentos da operação Lava-Jato no Brasil, ação da Polícia Federal que denunciou um esquema de corrupção envolvendo políticos e empreiteiros. Apesar disso, o diretor e produtor-executivo, gosta de ressaltar que a série está fora de ideologias. A série estabelece uma boa narrativa e consegue prender o espectador. A promessa é de ainda mais agilidade, pelo menos foi o que garantiu o diretor Daniel Rezende (Bingo), que comandou o set nos dois últimos episódios. Apesar de não ser um protagonista óbvio e ter mais ar de vilão, Enrique Diaz é o grande destaque da série. Com uma bela atuação, ele entrega um Ibrahim ao mesmo tempo cínico, empático e até engraçado. O núcleo do personagem é o alívio cômico da série, que tem um ar de seriedade, afinal de contas, retrata um tema bastante sério para a história do país. Não tem jeito é quase impossível não comparar O mecanismo com Narcos e Tropa de elite 1 e 2, todos projetos de José Padilha — o que não é ruim se você é fã (como eu) dessas produções. Os motivos são o estilo narrativo escolhido pelo diretor — com uma narração a cada episódio — e também pela mensagem que ele quer passar sobre a política no Brasil, que ele mesmo explicou em entrevista à imprensa: “que só tem bandido, resumindo”.

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