A volta do fogareiro a carvão e do fogão a lenha, devido à nova política
de reajuste da Petrobras maltrata e coloca em risco as famílias que não podem
mais pagar pelo gás de cozinha. Dados do IBGE publicados em abril mostram que a
utilização do carvão ou lenha em substituição ao gás subiu de 16,1% para 17,6%.
Segundo o levantamento, mais 1,2 milhão de brasileiros deixaram de
utilizar o gás de cozinha em 2017 e o percentual maior se encontra na região
Nordeste. Ali, mais de 400 mil lares deixaram de fazer uso do gás de cozinha. O
índice de uso destes combustíveis para cozinhar passou de 22,1% para 24,1% dos
domicílios nordestinos. No ano passado, o gás de cozinha subiu 16%, mais de
cinco vezes acima da inflação oficial.
Maior alta desde 2002
O preço do botijão de gás teve em 2017 a maior alta desde 2002. De
acordo com os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis), o preço médio do botijão de gás em dezembro de 2017 chegou a
R$ 66,53, alta de 16,39%, mais de cinco vezes acima da inflação.
Aumento maior do que esse, só em 2002 (34%). Naquele ano, assim como em
2017, a Petrobras inaugurou uma política de acompanhamento mais próximo das
cotações internacionais dos combustíveis.
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